segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Cassia Eller

Era 1994 ou 1995, e eu estava em um almoço com família e amigos em um daqueles restaurantes na beira da praia de Grumari. Não era verão, mas tinha um pouco de sol em uma tarde fresca e amena.

Enquanto a comida não chegava, fui dar uma volta na areia para distrair minha filha com um ano e pouco na época e que não parava quieta.

Quando nos aproximamos da beira do mar, tinha um menino brincando na areia com baldinhos e pazinhas e, imediatamente, minha filha soltou das minhas mãos e foi engatinhando até ele. Fui atrás dela e quando me aproximei, a mãe ao lado do menino, sentada na cadeira de praia lendo um livro, era a Cassia Eller.

Cumprimentei, ela sorriu e soltou o livro para me dar atenção. 

Os dois já estavam 'melhores' amigos na areia.

A nossa rápida conversa foi de mães quando se encontram. As crianças eram do mesmo mês e do mesmo ano. Rimos da coincidência e talvez por isso nunca mais esqueci do Chicão e sempre leio o que sai sobre ele na mídia. Uma trajetória totalmente diferente da minha filha.

Me chamaram da varanda pois a comida estava sendo servida. Nos despedimos com um sorriso no rosto e a tristeza das crianças que não iriam mais brincar juntas.

Voltei para a mesa toda feliz contando a minha experiência. Todos ficaram olhando para a praia, mas logo em seguida eles foram embora.

Tive a oportunidade de assistir dois shows de Cássia;  um no Canecão e o outro no Rock in Rio.

Por conta do documentário Cássia Eller, de Paulo Henrique Fontenelle, em cartaz na cidade e que ainda não assisti, lembrei desse gostoso episódio da minha vida. 

Uma Cássia mulher, mãe e tão diferente daquela 'fera' no palco.

Chorei quando ela morreu tão prematuramente. 

Cássia Eller era uma força da natureza. 

Linda.

Louca.


Nenhum comentário:

Postar um comentário