segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quadrinista pernambucano conta a lenda de Iara em HQ

Em ‘A Iara – Uma Lenda Indígena em Quadrinhos’, o roteirista e ilustrador Silvino une a tradicional história do folclore brasileiro a desenhos cheio de dramaticidade

A história da índia Iara, a mãe d’água, que faz com que os homens se apaixonem pelo seu canto e os leva para o fundo do rio, ganhou uma belíssima versão em HQ pelas mãos do roteirista e desenhista pernambucano Silvino, lançamento da editora Nemo.
Em A Iara – Uma Lenda Indígena em Quadrinhos, o tradicional e o moderno caminham lado a lado. O livro conta uma dramática história de amor e terror que se passa em uma aldeia.

O pagé Kapot relata aos mais jovens ter sobrevivido ao canto da sereia, mas os alerta que todos os outros encantados, entre eles o melhor guerreiro da tribo, foram mortos. “Errados são os que acham que a morte tem a forma feia. A morte é bonita e tem forma de mulher”, conta. Até que se aproxima o dia do casamento de Ngoi, fiho do cacique Pa-Toit, com Moema. Os dois estão apaixonados e Ngoi quer oferecer a ela a prenda mais linda que consegue imaginar. Convida, então, um amigo para buscá à noite, no rio. Apesar dos avisos de que poderiam ser encantados por Iara, os dois partem. E encontram a sereia.

Nascido e criado no Recife, Silvino é geógrafo e estudioso da antropologia brasileira e das tribos indígenas do País. Apaixonado por ilustrações, ele constrói imagens fortes e dramáticas, que aproxima o leitor mais jovem de uma das mais famosas lendas do folclore brasileiro.

Serviço
A Iara – Uma Lenda Indígena em Quadrinhos
Escritor e ilustrador: Silvino
Editora: Nemo
Preço: R$ 42

Cassia Eller

Era 1994 ou 1995, e eu estava em um almoço com família e amigos em um daqueles restaurantes na beira da praia de Grumari. Não era verão, mas tinha um pouco de sol em uma tarde fresca e amena.

Enquanto a comida não chegava, fui dar uma volta na areia para distrair minha filha com um ano e pouco na época e que não parava quieta.

Quando nos aproximamos da beira do mar, tinha um menino brincando na areia com baldinhos e pazinhas e, imediatamente, minha filha soltou das minhas mãos e foi engatinhando até ele. Fui atrás dela e quando me aproximei, a mãe ao lado do menino, sentada na cadeira de praia lendo um livro, era a Cassia Eller.

Cumprimentei, ela sorriu e soltou o livro para me dar atenção. 

Os dois já estavam 'melhores' amigos na areia.

A nossa rápida conversa foi de mães quando se encontram. As crianças eram do mesmo mês e do mesmo ano. Rimos da coincidência e talvez por isso nunca mais esqueci do Chicão e sempre leio o que sai sobre ele na mídia. Uma trajetória totalmente diferente da minha filha.

Me chamaram da varanda pois a comida estava sendo servida. Nos despedimos com um sorriso no rosto e a tristeza das crianças que não iriam mais brincar juntas.

Voltei para a mesa toda feliz contando a minha experiência. Todos ficaram olhando para a praia, mas logo em seguida eles foram embora.

Tive a oportunidade de assistir dois shows de Cássia;  um no Canecão e o outro no Rock in Rio.

Por conta do documentário Cássia Eller, de Paulo Henrique Fontenelle, em cartaz na cidade e que ainda não assisti, lembrei desse gostoso episódio da minha vida. 

Uma Cássia mulher, mãe e tão diferente daquela 'fera' no palco.

Chorei quando ela morreu tão prematuramente. 

Cássia Eller era uma força da natureza. 

Linda.

Louca.